A
ferrugem-asiática da soja foi identificada pela primeira vez no
Brasil em 2001, e a partir de então é monitorada e pesquisada por
vários centros públicos e privados. Segundo o Consórcio
Antiferrugem, essa doença, considerada a mais severa da cultura,
podendo causar perdas de até 90% de produtividade se não
controlada.
A
doença é causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, sendo, hoje, uma
das doenças que mais têm preocupado os produtores de soja. O seu
principal dano é a desfolha precoce, impedindo a completa formação
dos grãos, com consequente redução da produtividade. O nível de
dano que a doença pode ocasionar depende do momento em que ela
incide na cultura, das condições climáticas favoráveis à sua
multiplicação. Devido à facilidade de disseminação do fungo pelo
vento, a doença ocorre em praticamente todas as regiões produtoras
de soja do país.
Danos:
A doença apresenta-se inicialmente por pequenas pontuações de
coloração mais escuras que o tecido foliar superior. Na parte
inferior da folha, observam-se pequenas verrugas, chamadas de
urédias, que é o local onde o fungo produz os seus esporos
(uredósporos). Posteriormente, a coloração dessas urédias passa
de castanho-claro para castanho-escuro e o tecido foliar nessa região
vai ficando castanho-claro.
Controle:
A obtenção de cultivares resistentes para a ferrugem da soja é um
processo muito difícil, devido à alta variabilidade do fungo.
Existem inúmeras raças de P. pachyrhizi, estudos realizados no
Japão identificaram 18 raças do patógeno, para as condições
daquele país. Assim um cultivar descrito como resistente pode ter
essa resistência quebrada facilmente. O controle químico tem-se
mostrado a medida mais eficiente de controle da doença. No auxílio
dessa prática de controle devem-se evitar o plantio em épocas
favoráveis a doença, o uso de cultivares precoces, para que o fungo
não ataque plantas muito jovens, aumentando assim a severidade, e
fazendo o diagnóstico mais precoce possível da ocorrência da
doença na lavoura. O controle de plantas invasoras também é
importante, pois P. pachyrhizi, além da soja, parasita outras
espécies de plantas inclusive daninhas.
Confira
nos gráficos abaixo, elaborados a partir dos resultados da Rede de
Ensaios Cooperativos - Consórcio Antiferrugem - o desempenho dos
produtos para controle da ferrugem-asiática, ao longo das safras.